Nosso cérebro esta dividido em 4 lobulos e 2 hemisférios. Dependendo das zonas anatômicas, suas principais funções variam.
O lobo frontal permite a elaboração do pensamento, é também a sede das emoções, o lugar de produção da linguagem e o controle de movimentos complexos. O lobo occipital detecta imagens visuais e as interpreta. O lobo temporal reconhece sons, interpreta e memoriza. O lobo parietal é o local de sensibilidade e dor.
Nossos dois hemi-cérebros têm funções completamente complementares. O hemisfério esquerdo é consciente, modelado pelo adquirido enquanto o direito, inconsciente, é inato. Da mesma forma, vamos acrescentar que o hemisfério esquerdo é concreto enquanto o hemisfério direito é abstrato. O hemisfério esquerdo baseado na experiência adquirida e na experiência é logico, raciocina, analisa, racionaliza, descreve, fala, escreve, calcula, percebe os sentidos e é a sede do ego. O hemisfério direito, inato é sonhador, intuitivo, poético, percebe globalmente, simbolico, imagina, cria, conceitua, administra a entoação e esta envolvido em emoções.
A fim de funcionar e emitir comportamentos verbais e não-verbais ou intervir na manutenção de funções vitais como o sono, batimento cardiaco…, o neurônio se comunica com outros neurônios quimica e electricamente. Em caso de destruição maciça de neurônios ou mau funcionamento de neurônios, a comunicação é interrompida e as patologias se desenvolvem. Por exemplo, se a comunicação entre os neurônios no lobo frontal for interrompida, desenvolvem-se doenças neurodegenerativas ou psiquiatricas. Então o que realmente acontece no cérebro quando as lesões afetam os diferentes lobos do cérebro ?
Ja sabemos que todas as patologias do tipo neurodegenerativo como a doença de Alzheimer, demência fronto-temporal ou doenças psiquiatricas como depressão ou disturbios obsessivo-compulsivos interrompem a comunicação entre os neurônios, tanto na forma como as cargas elétricas se movimentam dentro do neurônio quanto na atividade quimica dos neurotransmissores (aspecto quimico da comunicação cerebral).
Quando olhamos especificamente os danos ao lobo frontal, vemos que, em geral, ha uma incapacidade de resolver problemas, planejar e executar ações por causa de funções executivas deficientes. Mas quando é a parte posterior do lobo frontal que é afetada, o paciente sofre de paralisia ou fraqueza quando tem que realizar um movimento voluntario. Quando é a parte central do lobo frontal que é afetada, o paciente se torna apatico, desmotivado, sofre de um disturbio de atenção, seus pensamentos são retardados assim como suas respostas (isto é chamado bradipsiquismo). Se for a parte posterior do lobo frontal esquerdo, o paciente pode ter dificuldade para se expressar. Quando a parte anterior do lobo frontal é lesionada, o paciente tem dificuldade de lembrar, fluxo de fala reduzido, apatia, déficit de atenção e desinibição.
Quando uma lesão afeta a parte anterior do lobo parietal, é comun ver o surgimento de dormência e diminuição da sensibilidade no labo oposto do corpo. Este tipo de lesão resulta na incapacidade do paciente de identificar o local e o tipo de sensação sentida, dor, calor, frio ou vibração. O reconhecimento pelo toque também é prejudicado. Quando a parte central do lobo parietal é ferida, o paciente pode experimentar desorientação direita-esquerda, dificuldade em calcular e escrever, ou uma perda de sensibilidade e percepção da posição das diferentes partes do corpo. Quando é a parte direita do lobo parietal, observa-se apraxia e/ou hemineglect.
Quando o lobo temporal esquerdo é danificado, o paciente pode não ser mais capaz de entender o que esta sendo dito. Se for a parte certa, a memoria de sons e musica é deficiente e o paciente não é mais capaz de cantar.
Finalmente, quando o lobo occipital é danificado, o paciente não é mais capaz de reconhecer objetos. Neste ultimo contexto, falamos de cegueira cortical.
